Coca-Cola recolheu produtos por excesso de clorato; o que substância causa? | Finance Journal

Coca-Cola recolheu produtos por excesso de clorato; o que substância causa? | Finance Journal

A empresa engarrafadora da Coca-Cola na Bélgica recolheu "uma quantidade considerável" de produtos na Europa devido à alta concentração de clorato. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (27).

O que é clorato

Substância deriva da água sanitária, o hipoclorito de sódio, usado para a desinfecção da água. Essa inativação dos microrganismos acontece para o líquido ser reutilizado nas indústrias, uma forma de minimizar recursos e danos ambientais. "O hipoclorito se degrada com o tempo e se transforma no que chamamos de clorato", explica Jessica Taynara Montes, professora do IFMT (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso) Campus Confresa.

Formação de clorato na água é comum nas indústrias alimentícias e de bebidas, mas a contaminação em doses altas, não. A presença da substância em altos níveis é justificada por erros durante a fabricação. Segundo a empresa, foram retiradas latas retornáveis e garrafas de vidro de Coca-Cola, Sprite, Fanta, Fuze Tea, Minute Maid, Nalu, Royal Bliss e Tropico, em circulação desde novembro.

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A maioria dos produtos afetados e não vendidos já foi retirada das lojas e continuamos tomando medidas para retirar os produtos que permanecem no mercado.

Coca-Cola, em pronunciamento

Altas concentrações de clorato foram detectadas pela primeira vez em alimentos e bebidas em 2014. Análise feita por um laboratório de controle oficial aconteceu por coincidência. No ano seguinte, a EFSA (Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar) alertou que as concentrações eram altas e com potenciais riscos à saúde.

Quais os riscos da contaminação de clorato?

Afeta tireoide e hemoglobina. "Os riscos de ingestão de clorato se apresentam principalmente em pessoas com deficiência de iodo pré-existente, pois nesses casos o clorato inibe a função da tireoide. Além disso, ele pode oxidar a hemoglobina, reduzindo a capacidade de o sangue transportar oxigênio", diz Montes.

Órgãos oficiais regulamentam quantidade máxima. Concentração permitida é de 0,01 mg/kg para todos os produtos alimentícios da Europa, onde aconteceu o recolhimento dos lotes da Coca-Cola. No Brasil, o limite estabelecido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde 2021 é de 0,7 mg/L.

Risco é maior em crianças e bebês. É considerada alta concentração qualquer valor acima do indicado pelos órgãos oficiais. Vale lembrar que é possível alcançar as taxas com o consumo a longo prazo, pois a substância se acumula no organismo.

Fonte: Viva Bem

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