Medicamentos comuns podem aumentar risco de demĂȘncia, diz estudo | Finance Journal

Medicamentos comuns podem aumentar risco de demĂȘncia, diz estudo | Finance Journal


Um estudo da Universidade da CalifĂłrnia trouxe Ă  tona informaçÔes preocupantes sobre o uso de certos medicamentos. Segundo a pesquisa, substĂąncias como zolpidem, clonazepam e diazepam podem aumentar em atĂ© 79% o risco de demĂȘncia. Essa descoberta pode nos fazer refletir sobre a maneira como utilizamos esses remĂ©dios, especialmente em um momento em que muitos buscam soluçÔes rĂĄpidas para problemas como ansiedade e insĂŽnia.

O estudo acompanhou mais de 3 mil idosos por um perĂ­odo de nove anos, observando uma relação preocupante entre o uso contĂ­nuo desses medicamentos e o desenvolvimento da demĂȘncia, particularmente entre indivĂ­duos brancos. Os pesquisadores analisaram idosos que nĂŁo tinham demĂȘncia no inĂ­cio da pesquisa e notaram que cerca de 20% dos participantes acabaram desenvolvendo a condição com o passar do tempo.

O papel dos medicamentos no risco de demĂȘncia

A forma como usamos esses medicamentos e a frequĂȘncia de seu uso tĂȘm um impacto direto no risco de demĂȘncia. Os benzodiazepĂ­nicos, comumente prescritos para ansiedade e insĂŽnia, assim como hipnĂłticos como o zolpidem, estĂŁo ligados a consequĂȘncias negativas para a saĂșde mental a longo prazo. AlĂ©m disso, alguns antidepressivos, como a trazodona (tambĂ©m conhecida como Donaren), sĂŁo utilizados ocasionalmente como sonĂ­feros, mas ainda precisamos de mais pesquisas para entender totalmente sua eficĂĄcia nesse contexto.

Esses medicamentos podem provocar sonolĂȘncia, confusĂŁo e atĂ© amnĂ©sia. Esses efeitos, por sua vez, podem elevar o risco de desenvolver demĂȘncia. Para aqueles que usaram essas substĂąncias de forma “frequente” ou “quase sempre”, o risco de demĂȘncia subiu 79% em comparação com aqueles que nunca ou raramente as usaram.

Alternativas ao uso desses medicamentos

Diante desse alerta, é vital considerar alternativas mais seguras para lidar com problemas de sono. Uma opção recomendada é a terapia cognitivo-comportamental para insÎnia (TCC-i), que pode diminuir a necessidade de medicaçÔes. Além disso, a melatonina tem se mostrado uma alternativa mais segura, embora ainda necessitemos de mais estudos para confirmar sua eficåcia a longo prazo.

Reconsiderando a prescrição de medicamentos

Os resultados desse estudo nos fazem repensar como os mĂ©dicos estĂŁo prescrevendo medicamentos para dormir. Embora as soluçÔes rĂĄpidas sejam muito atrativas, precisamos avaliar os efeitos adversos que podem surgir com o uso prolongado. A comunidade mĂ©dica Ă© incentivada a buscar e promover opçÔes mais seguras, minimizando a dependĂȘncia de medicamentos que possam prejudicar a nossa cognição.

Fonte: Pronatec

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