Tarifaço: Veja lista de itens mais exportados do Brasil que serão taxados | Finance Journal

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, excluiu cerca de 35% da pauta exportadora do Brasil aos EUA da lista de produtos que serão afetados pelo tarifaço.
Itens como petróleo, peças de aeronaves e suco de laranja não serão sobretaxados com a alíquota de 50%, o que representa um alívio para autoridades brasileiras, que já trabalhavam com a hipótese de uma tarifa que atingiria todos os produtos nacionais.
Outros itens relevantes para a balança comercial com os EUA, no entanto, não foram incluídos nessa lista de exceções.
O café, por exemplo, que representa 4,7% do valor total exportado aos norte-americanos, será tarifado. No entanto, o setor vê espaço para negociações e crê que pode haver, no futuro, uma redução dessa alíquota.
Outro item que movimenta a corrente de comércio e será sobretaxado é a carne bovina. Os EUA são o segundo maior mercado do setor. Os produtores também acreditam na possibilidade de um recuo se a negociação for bem feita.
Outros produtos como açúcares e melaços, madeira e equipamentos de engenharia civil também não entraram na lista de exceções de Trump
Veja os principais itens brasileiros que serão sobretaxados pelos EUA, segundo dados do governo federal de 2024:
- Café não torrado: participação de 4,7% e US$ 1,9 bilhão em valor exportado;
- Instalações e equipamentos de engenharia civil, e suas partes: 3,6% e US$ 1,5 bilhão;
- Carne bovina: 2,3% e US$ 944 milhões;
- Madeira parcialmente trabalhada e dormentes de madeira: 1,8% e US$ 737 milhões;
- Cal, cimento e outros materiais de construção (exceto vidro e barro): 1,8% e US$ 709 milhões;
- Açúcares e melaços: 1,5% e US$ 610 milhões.
Tarifa de Trump
Trump assinou, na quarta-feira (30), uma ordem executiva que oficializa a tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros. A medida entra em vigor em 6 de agosto.
No documento, o presidente dos EUA cita que o decreto é justificado por uma "emergência nacional" em razão das políticas e ações "incomuns" e "extraordinárias" do governo brasileiro que, segundo o republicano, prejudicam empresas norte-americanas, os direitos de liberdade de expressão dos cidadãos dos EUA e a política externa e a economia do país, de modo geral.
O documento cita como justificativa para a medida o que considera como "perseguição, intimidação, assédio, censura e processo politicamente motivado" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Fonte: CNN Brasil
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