Funcionários com carteira assinada vão receber bônus de R$ 300 a partir de 2026 | Finance Journal

Recentemente, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1087/25, que concede desconto para zerar o Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) de quem ganha até R$ 5 mil mensais. Por consequência, a façanha pode gerar uma economia de até R$ 313 mensais para muitos funcionários brasileiros a partir do próximo ano.
Para que a isenção seja sacramentada por parte do Senado e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a cobrança adicional será realocada para aqueles com rendimento tributável acima de R$ 600 mil ao ano. A medida em questão tem a finalidade de compensar a perda de arrecadação de R$ 25,8 bilhões em 2026, aplicando taxação mínima de 10% sobre altas rendas.
Em contrapartida, trabalhadores com rendimentos entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350 terão uma redução parcial calculada por uma fórmula específica, ajustando sua carga tributária. Simplificando, o objetivo é que os mais ricos contribuam de forma proporcional à realidade financeira encarada por trabalhadores assalariados, o que corresponde à justiça tributária.
De acordo com o deputado Arthur Lira (PP-AL), a proposta não resolverá de forma definitiva a regressividade da tributação da renda do Brasil. “O projeto é neutro quanto à arrecadação, ele é neutro quanto à renúncia fiscal. Mas é um primeiro passo para corrigir uma distorção tributária e social das pessoas que menos recebem”, explicou.
Empresas terão que se adaptar aos benefícios dos funcionários
De acordo com o CEO do Grupo Studio, Carlos Braga Monteiro, as mudanças no Imposto de Renda, com isenção até R$ 5 mil e taxação dos mais ricos, farão com que as empresas tenham que se adaptar a uma nova realidade complexa, revisando contratos, benefícios e estruturas internas.
“A elevação da faixa de isenção do IR exige que empresas revisem custos trabalhistas e incentivos fiscais para preservar margens. […] A maior taxação sobre altas rendas deve acelerar ajustes societários e reestruturações patrimoniais. Manter performance dependerá de eficiência operacional e disciplina tributária”, disse.
Fonte: Correio do Estado
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