Se você quer um filho amigo na adolescência, precisa ter esses 5 hábitos desde a infância | Finance Journal

Se você quer um filho amigo na adolescência, precisa ter esses 5 hábitos desde a infância   | Finance Journal

Construir uma relação próxima com os filhos durante a adolescência pode parecer desafiador, mas está longe de ser impossível. Para que isso aconteça, é essencial reforçar o vínculo muito antes dessa fase, ainda na infância, conforme explica a pediatra Tatiana Cicerelli.

Se você deseja que seu filho o veja como um amigo, alguém em quem pode confiar, é hora de refletir sobre as atitudes que tem com ele no dia a dia. Pequenos gestos podem fazer toda a diferença na relação de vocês no futuro.

5 hábitos que mais fortalecem o vínculo entre pais e filhos

Desde os primeiros momentos de vida até a adolescência, atitudes simples ajudam a criar laços profundos que podem durar até a vida adulta. Como explica a pediatra Tatiana Cicerelli: “O vínculo começa na infância, mas precisa ser regado com amor, atenção e respeito ao longo de toda a jornada.” Aqui estão alguns hábitos que podem ajudar a fortalecer essa conexão:

1. Presença de verdade importa mais que a quantidade de tempo

A correria do dia a dia pode ser intensa, mas dedicar momentos exclusivos aos filhos é fundamental. Pode ser uma conversa durante o jantar ou até ajudar com a lição de casa. “Crianças percebem quando têm a atenção genuína dos pais. É nesse momento que elas se sentem valorizadas e amadas”, reforça Cicerelli.

2. O poder do contato físico e do carinho

Nada substitui um abraço apertado, um beijo de bom dia ou um cafuné antes de dormir. Esses gestos transmitem segurança emocional e ajudam a criança a desenvolver autoconfiança.

3. Incentive uma comunicação aberta (e ouça sem julgar)

Desde a infância, é importante que os filhos sintam que podem se expressar livremente com os pais. Faça perguntas, valide os sentimentos deles e mostre interesse real por suas opiniões. “A confiança se constrói na infância, mas é na adolescência que será testada. Se você criou uma base sólida, o diálogo fluirá naturalmente nos momentos mais difíceis”, destaca a pediatra.

4. Crie e mantenha rotinas em família

Ter momentos em família, como almoçar juntos ou ler um livro antes de dormir, cria um senso de estabilidade e pertencimento. “A rotina é o alicerce emocional das crianças. São nesses momentos previsíveis que elas sentem que têm um lugar seguro no mundo”, explica Tatiana.

5. Participe das atividades que eles amam

Engajar-se nos interesses dos filhos, seja brincando com eles ou assistindo a uma apresentação escolar, é uma maneira poderosa de fortalecer os laços. Isso mostra que você valoriza os interesses deles e está presente em suas jornadas.

Erros comuns que podem prejudicar essa relação na adolescência

A adolescência é um período desafiador tanto para os pais quanto para os filhos. É uma fase de transformações, onde os jovens buscam autonomia, mas ainda precisam de orientação e apoio. Ao tentar equilibrar esses aspectos, algumas atitudes dos pais, mesmo bem-intencionadas, podem enfraquecer o vínculo construído ao longo dos anos.

A pediatra Tatiana Cicerelli alerta: “Os pais são como faróis para os adolescentes, mas se a luz for muito forte ou muito fraca, pode acabar desorientando.” Veja os erros mais comuns e como evitá-los para manter uma relação saudável e próxima:

  • Excesso de controle ou autoritarismo: quando os pais impõem decisões sem diálogo, o resultado muitas vezes é rebeldia ou afastamento emocional. “Adolescentes precisam sentir que têm espaço para errar e aprender com isso. A autonomia é essencial para o crescimento”, explica Cicerelli.
  • Falta de limites: sem limites, os adolescentes podem se sentir perdidos ou confusos sobre o que se espera deles. “Limites são demonstrações de cuidado e proteção. Eles ajudam o jovem a entender responsabilidades e criar um senso de respeito mútuo”, ressalta a pediatra.
  • Desvalorizar os sentimentos do adolescente: ignorar ou minimizar os sentimentos dos adolescentes pode fazer com que eles se sintam incompreendidos e menos propensos a compartilhar suas emoções. “Para eles, tudo é intenso e imediato. Levar os sentimentos deles a sério é a melhor forma de criar um ambiente de confiança”, orienta Tatiana.
  • Dar mais atenção à vida digital ou profissional: negligenciar emocionalmente os filhos pode criar um distanciamento difícil de recuperar. “Conexão emocional é construída nos pequenos momentos, como perguntar sobre o dia deles ou demonstrar interesse por algo que gostam”, enfatiza a pediatra.
  • Comparações e críticas constantes: apontar defeitos ou fazer comparações, como elogiar amigos pela nota alta, pode abalar a autoestima do adolescente. “Comparações criam ressentimento e, muitas vezes, distanciam em vez de aproximar. Valorize as conquistas deles, por menores que sejam”, aconselha Cicerelli.
Errar faz parte da jornada, mas reconhecer os deslizes é o primeiro passo para melhorar. Estabeleça uma comunicação aberta, mostre-se presente e trate os sentimentos do seu filho com empatia. “Na adolescência, o desafio é manter-se próximo sem invadir. É um equilíbrio difícil, mas essencial para fortalecer o vínculo”, conclui a pediatra.

Fonte: Minha Vida

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